sábado, 25 de outubro de 2014

Museu Soares dos Reis: Henrique Pousão

"10 de Outubro de 2013. Porto


Porto, banhado pelo Rio Douro, mesmo junto à minha cidade Matosinhos, a terra da Francesinha, das sete pontes, das Tripas à Moda do Porto, dos Clérigos, das Caves de Vinho do Porto, do Bolhão, da Sé, da Ribeira, do Castelo do Queijo e de tantos outros monumentos, sítios e iguarias. 

Conheço bem esta cidade, o único sítio que podia visitar em tardes livres. A cidade onde a minha filha escolheu para viver e onde o meu neto nasceu.

Hoje decidi passar pelo Museu Soares dos Reis, situado no Palácio das Carrancas. Já muitos reis passaram por aqui, ficam por cá os seus retratos e muitas outras obras que compõe este museu. 

Um dos artistas que mais me chama a atenção por aqui é o Henrique Pousão. Um artista que só viveu 25 anos (de 1859 até 1884) mas que deixou uma obra inovadora e onde se podem ver influências internacionais da época. 

Aqui no Museu tem muitas das suas obras naturalistas. Se tivesse que selecionar uma obra escolheria o “Auto-Retrato”, uma obra enigmática e cheia de subtilezas tão bem trabalhadas e que lhe dão uma profundidade incrível.


Hoje fico-me pelo Pousão que daqui a pouco vou buscar o Henrique à escola."

Fotos tiradas no Museu Nacional Soares dos Reis (o quadro é o auto-retrato de Pousão:


segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Silves - Castelo de Silves

"07 de Outubro de 2013. Silves

Aproveitei que estava em Faro e vim passar o dia em Silves, que faz parte do distrito de Faro.

A minha primeira visita foi ao Castelo de Silves, tão belo de um vermelho tijolo (de arenito), gasto pelo tempo. Este castelo é um dos melhores exemplares de arquitetura militar islâmica em Portugal.  
A palavra Algarve vem de Al Gharb, que significa Ocidente em árabe. Este Al Gharb, antes de ser conquistado e reconquistado pelos cristãos, pertencia ao Al Andalus, o nome que os conquistadores islâmicos davam à península Ibérica. O Algarve era então conhecido pelo Al Gharb do Al Andalus, isto é o Ocidente da zona da península Ibérica que os povos islâmicos conquistaram.

E este castelo de Silves é um dos grandes exemplares desse tempo, assim como o Poço Cisterna, que ainda se pode descer até ao nível da água para visitar (e vale mesmo a pena).

Nota: Uma das cisterna no castelo chama-se “Cisterna dos Cães”... nem vale a pena dizer porque."

Fotos tiradas em SIlves:




segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Lisboa- Museu Militar

"04 de Outubro de 2013. Lisboa

Hoje partirei para Faro, mas fiquei a noite passada em Lisboa a convite da minha colega. Estou agora à espera do autocarro de partida para Faro. 

Decidi escrever visto que fiquei a pensar no Museu Militar em especial no pintor Adriano de Sousa Lopes. 

Durante a 1º Guerra Mundial, na qual Portugal participou ao lado dos Aliados, as grandes potências levavam artistas para os campos de guerra para que, quando voltassem, pintassem o que lá viveram para a população ver. 

Portugal não fazia isso mas Sousa Lopes partiu para a guerra na mesma, queria criar uma obra que enaltecesse os militares portugueses. 

Quando voltou a sua visão não era a mesma, como acontecia aos restantes artistas (e a todos os homens). Deu bem para sentir isso ao ver as sete pinturas que estão na sala da Grande Guerra, no Museu Militar."

Fotos do Museu Militar: 

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Tomar - Convento de Cristo

"21 de Outubro de 2013. Tomar.

Aproveitei esta semana para ver a Feira de Santa Iria aqui em Tomar. 

Tomar pertence ao distrito de Santarém. O rio que atravessa a cidade é o Rio Nabão que é afluente do Rio Zêzere. Vim aqui visitar o Castelo de Tomar e o Convento de Cristo. E claro, espero ter tempo para mais. 

No Convento de Cristo estou ansiosa para ver a Janela da Sala do Capítulo, mais conhecida por Janela Manuelina. Foi construída por Diogo Arruda (entre 1510 e 1513). É dos melhores exemplares de arte manuelina, que se chama manuelina por ter sido desenvolvida no reinado de D.Manuel I e inspirava-se principalmente na época dos descobrimentos portugueses. Aliás na capa do meu diário tenho um dos símbolos mais utilizados por esta corrente: a esfera armilar.

Estou a escrever no autocarro e ao meu lado vem um rapaz, que estuda arquitetura, que a saber do objectivo da minha viagem me decidiu contar o que sabia sobre o termo charola. (sempre interessantes os temas de conversa com estranhos)

É um termo arquitetónico (que também se pode dizer deambulatório) que normalmente se aplica a uma passagem que circula uma área central. 

No caso de Tomar com objectivo religioso, visto que faz parte do obra dos templários (que inclui o castelo).

Fotos tiradas pela minha avó em Tomar:



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