segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Almancil- Igreja de São Lourenço

23 de Novembro de 2014

Chegámos muito tarde a Loulé na sexta-feira passada. Perdemos o autocarro e tivemos que vir de carro. Foi uma viagem muito cansativa, especialmente para a minha mãe que vinha a guiar. 
Como já tínhamos o quarto marcado no hotel em Loulé, chegamos e fomos logo dormir. 

Acordamos um pouco tarde de manhã e fomos passear por Loulé. 
Loulé é um local muito antigo, é certo que o homem esteve aqui presente no Paleolítico Antigo, na época dos romanos, mulçumanos, até pertencer a Portugal (D.Afonso III conquistou Loulé aos Mouros). 

Esta região sempre foi próspera, por exemplo na altura dos romanos desenvolveu-se a indústria conserveira, agricultura e exploração mineira (cobre e ferro). Os mulçumanos fizeram desenvolver ainda mais a cidade e a sua base história parte desta altura. 

Depois dos Descobrimentos até hoje, passando por vários sectores de actividade e beneficiando de boa localização e recursos naturais ricos e diversos, Loulé cresceu e prosperou. 

Visitei vários locais: o Castelo de Loulé, a Igreja Matriz, o monumento a Duarte Pacheco, o mercado... e a praia, claro. 

No Domingo fui a Almancil. 

Não é propriamente um sítio grande ou com alguma coisa de diferente ou especial. Aliás a Igreja de São Lourenço até se encontra fora da vila. 

Quando o meu pai a viu não percebeu porque fizemos aquela distância para a ver. É uma igreja branca como tantas outras. 

Mas esta igreja é uma obra prima do Barroco, não pela sua arquitectura, mas por causa do tesouro universal de azulejaria que se encontra lá dentro. 
Aliás quando foi mandada construir a ideia não era ser um templo grandioso mas sim um local reconhecido e belo pelo seu pormenor e decoração. 

Quando a Igreja de Almancil foi mandada construir (século XVIII), Portugal estava na fase final do período dos Grandes Mestres da Azulejaria portuguesa. No caso da Igreja de São Lourenço de Almancil, o autor foi Policarpo Bernardes. 

O interior é espectacular. Para além dos azulejos para que o altar foi banhado a ouro. Nunca do exterior íamos perceber a riqueza que tem lá dentro. 

Tive pena de não estar bom tempo para passarmos mais tempo na praia, mas valeu a pena. A minha avó sabia escolher, ela percebia que a Arte portuguesa não se fez com grandes obras mas com obras singulares, preciosas pela sua especificidade. 


Henrique Magalhães e Joana Henriques (a minha mãe)

Fotos da Igreja de São Lourenço de Almancil: 




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