Chegámos muito tarde a Loulé na sexta-feira passada. Perdemos o autocarro e tivemos que vir de carro. Foi uma viagem muito cansativa, especialmente para a minha mãe que vinha a guiar.
Como já tínhamos o quarto marcado no hotel em Loulé, chegamos e fomos logo dormir.
Acordamos um pouco tarde de manhã e fomos passear por Loulé.
Loulé é um local muito antigo, é certo que o homem esteve aqui presente no Paleolítico Antigo, na época dos romanos, mulçumanos, até pertencer a Portugal (D.Afonso III conquistou Loulé aos Mouros).
Esta região sempre foi próspera, por exemplo na altura dos romanos desenvolveu-se a indústria conserveira, agricultura e exploração mineira (cobre e ferro). Os mulçumanos fizeram desenvolver ainda mais a cidade e a sua base história parte desta altura.
Depois dos Descobrimentos até hoje, passando por vários sectores de actividade e beneficiando de boa localização e recursos naturais ricos e diversos, Loulé cresceu e prosperou.
Visitei vários locais: o Castelo de Loulé, a Igreja Matriz, o monumento a Duarte Pacheco, o mercado... e a praia, claro.
No Domingo fui a Almancil.
Não é propriamente um sítio grande ou com alguma coisa de diferente ou especial. Aliás a Igreja de São Lourenço até se encontra fora da vila.
Quando o meu pai a viu não percebeu porque fizemos aquela distância para a ver. É uma igreja branca como tantas outras.
Mas esta igreja é uma obra prima do Barroco, não pela sua arquitectura, mas por causa do tesouro universal de azulejaria que se encontra lá dentro.
Aliás quando foi mandada construir a ideia não era ser um templo grandioso mas sim um local reconhecido e belo pelo seu pormenor e decoração.
Quando a Igreja de Almancil foi mandada construir (século XVIII), Portugal estava na fase final do período dos Grandes Mestres da Azulejaria portuguesa. No caso da Igreja de São Lourenço de Almancil, o autor foi Policarpo Bernardes.
O interior é espectacular. Para além dos azulejos para que o altar foi banhado a ouro. Nunca do exterior íamos perceber a riqueza que tem lá dentro.
Tive pena de não estar bom tempo para passarmos mais tempo na praia, mas valeu a pena. A minha avó sabia escolher, ela percebia que a Arte portuguesa não se fez com grandes obras mas com obras singulares, preciosas pela sua especificidade.
Henrique Magalhães e Joana Henriques (a minha mãe)
Fotos da Igreja de São Lourenço de Almancil:
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